Paulo Henrique Rodrigues Pinheiro

Um blog sobre programação para programadores!


Startups e as dificuldades em engajar-se como CTO

O que caracteriza o sócio-técnico numa startup?

Homer no comando

Ao contrário do que a imagem sugere, a parte técnica não é tão complexa. Penso que seja trabalhosa. Complicado é encontrar um bom projeto, entrar em contato, conversar pessoalmente, iniciar os trabalhos. Mas é uma ótima fase, em que pessoas empolgadas e empolgantes se encontram, mercados desconhecidos são apresentados, ideias são discutidas e compromissos são firmados.

Mas para encontrar essa joia, é preciso escavar muito, e saber onde escavar, pois as desagradáveis surpresas sempre chegam. Eu gosto de escavar no CoFoundersLab.

A vida como ela é

Em um dos encontros que marquei fui informado, minutos antes, por telefone, que não teria encontro por motivos de saúde (tudo bem). O que o "sócio" em potencial queria saber era se eu conseguiria copiar a solução de uma outra empresa da qual ele tinha sido sócio, tal como tá lá... Nem dá pra chamar isso de copycat.

Noutro, após uma manhã de excelente conversa, uma espécie de mentoria de minha parte sobre startups e growth hacking, uma ampla e profunda explicação sobre o mercado cultural da parte de um outro potencial sócio, nunca mais consegui contato.

Por fim, o que mexeu mesmo com minha paciência foi, ao encerrar uma sociedade, depois de muitos aborrecimentos, ser perguntado se havia um cursinho de um mês no máximo, em que se ensina a fazer "isso que você faz". Não é fácil escutar isso após meses de trabalho duro para construir um produto.

Lições aprendidas

Mas ficam as lições: nem todos tem força de vontade suficiente para dar o primeiro e os próximos passos. Nem todos querem resolver um problema, atacar um mercado. Nem todos querem empreender, algumas vezes é só a ilusão de ser "dono do próprio nariz". Deve haver uma fina sintonia entre os sócios. Clareza e honestidade são vitais.

Conhecimento que vale ouro

Meu capital é minha força de trabalho. Com qualquer um é assim, mas em um mercado com poucas pessoas arriscando-se a trabalhar em condições inicialmente nada confortáveis, esse capital tem se valorizado muito.

Os que sejam capazes de encontrar um serviço barato ou gratuito para hospedar uma aplicação que tenham desenvolvido, que saibam de frontend, backend, devops e empreendedorismo, e entendam que o problema do cliente é mais importante que qualquer solução genial pensada em abstrato, estamos em situação vantajosa.

E o que falta saber, é só aprender.